RESUMO
Com o objetivo de avaliar a opinião dos pais em relação às técnicas de manejo do comportamento infantil utilizadas em Odontopediatria, foi realizada uma pesquisa com 49 pais de pacientes da Clínica de Odontopediatria da FO-UFMG. Os pais assistiram a uma exposição áudio-visual das diversas técnicas e marcaram em um diagrama seu grau de aceitação de cada técnica. Os dados foram inseridos no programa de computador Minitab 11. As técnicas não-restritivas (falar-mostrar-fazer, controle da voz, modelo e reforço positivo) foram aceitas, em média, por 81 por cento dos pais; 15 por cento às vezes autorizariam-nas, e 4 por cento, nunca. Já as restritivas (contenção ativa, contenção passiva e mão-sobre-a-boca) foram sempre aceitas por 29 por cento dos pais, enquanto 33 por cento às vezes as aceitavam, e 38 por cento, nunca. As farmacológicas (anestesia geral e sedação) foram sempre aceitas por 18 por cento dos participantes; às vezes aceitas por 40 por cento, e nunca, por 42 por cento. Desta forma, as técnicas não-restritivas foram consideravelmente mais aceitas pelos pais, enquanto as técnicas restritivas e farmacológicas foram menos aceitas pelos participantes, sugerindo ser necessário que os Odontopediatras informem adequadamente os pais quanto à indicação para a utilização de cada um dos procedimentos